O novo arranjo aqui do escritório, de onde sai diariamente o DECORACASA – com mais uma garrafinha que trouxe da viagem…
Há muito tempo, muito mesmo, fiz aulas de ikebana com minha mãe. Eram sábados no interior tranquilo, praticamente um evento esperado durante toda a semana. Antes de começarmos a vivificação floral, líamos um poema de Mokiti Okada que consegui colocar ao final desta postagem fuçando internet afora.
Porém o que mais me marcou era que durante todo o processo de vivificação floral tinhamos que pensar no respeito: respeito às flores, à quem as havia manuseado e trazido até nossa sala de aula, aos demais alunos, aos mestres e a quem recolheria e processaria os restos desta arte.
Lembro-me com clareza da orientação para que todos os galhos e hastes maiores fossem cortados em pedaços bem pequenos para que els não rasgassem os sacos e para facilitar também sua transformação em adubo.
Essa cultura de respeito em todo o processo foi marcante para mim e acredito que se todos agissem assim a vida seria mais simples e justa.
E por que este turbilhão de lembranças?
Porque hoje eu fui trocar as flores do meus arranjos e cortei bem pequenas as hastes não utilizadas.
Porque quando as coisas são úteis elas ficam em nossa memória e em nossos hábitos.