Outro dia estava de papo com minha prima Aline no telefone falando sobre máquinas de costura quando ela me sai com a seguinte: ” Mas você também tinha uma!!! Eu me lembro bem, era roxa pequena. Eu guardo a minha a 7 chaves – gente, ninguém conhece isto agora.!”
Neste final de semana fui à casa do papis e revirei as gavetas até encontrar.
Nem consigo descrever a minha sensação ao pegar a caixa toda amassada e com as marcas do tempo. Parecia que eu tinha me teletransportado à minha época de criança. Eu me lembrava claramente da minha mãe ter comprado a tal maquineta para “facilmente fazer barras”.
Ela chegou em um Natal, mas logo após as festas eu me apoderei descaradamente do mimo. Usava para fazer minhas roupinhas de bonecas – que acabavam descosturando por eu não finalizar adequadamente o ponto. Foi uma época feliz e criativa que acabou com a chegada da adolescência e a “lei de não me importar com trabalhos manuais – isto não é para você!”.
Como vocês sabem o tempo passou e eu mais do que retomei estas delícias em minha vida – e tudo isto faz um enorme sentido e dá cor aos meus dias. E a redescoberta da mini Singer e sua caixinha foi uma grata surpresa.
Por falar em supresas… a caixa estava repleta de mimos. Mas que mais me tocou foi o coração de feltro com bainha de crochê que minha mãe fez para usar como porta agulhas. Ele agora está aqui, aquecendo o meu coração.