A maior parte dos meus copos e taças estava guardada em caixas no depósito desde o ataque dos cupins ao antigo bar daqui de casa. E olhe que isto aconteceu nos idos de 2008… O fato é que outro dia resolvi remexer em tudo e não deixar mais coisas paradas – a
Cris sempre diz que a energia tem que fluir, não é mesmo?
Comprei mais
prateleiras aramadas (#mania) e coloquei na sala de almoço. Subi os copos e deixei as caixas ajeitadas nas prateleiras.
Ainda assim, não estava nem um pouco feliz. Tudo fechado, tudo sem acesso. Ai, não é assim que as coisas devem ficar; para mim, tudo deve estar sempre à mão.
Em paralelo, estava procurando outro lugar para um armário do quarto da filhota. Papai Noel ficou em débito no ano passado e neste prometeu trazer um brinquedo grande, que precisará de muito espaço para se ajeitar no quarto
provençal.
Ligando dois mais dois e medindo os espaços, a tal prateleira provençal cabia direitinho em um canto da sala de jantar para acomodar os copos. Perfeito!
Mudanças feitas, copos ajeitados, sensação de mobilidade sem gastar nenhum tostão a mais.
Aquela sensação de pequena felicidade, sabe?
Neste final de semana tive um filho no antibiótico e uma filha enciumada numa cidade cinza. Para completar estava de papo com o maridex divagando sobre o que seria da nossa vida num período de incertezas.
Quando tive os cinco minutos e resolvi trocar tudo de lugar, abrir caixas e movimentar, uma nova energia pairou no ar.
Ao final, ouvi do marido: “Foi muito bacana, valeu a pena e eu estou mais animado.”
É assim.
Decorar transcende a pura beleza visual, a estética, o fru fru, o fútil.
Decorar vem do coração, está na etimologia da palavra. E tem que ser para o coração.
Um beijo