São Paulo não é uma cidade fácil de morar.
Tem um trânsito infernal, perde-se um tempo enorme em deslocamentos, há problemas graves de segurança e no final das contas planejamos tudo com várias semanas de antecedência para tentar “ter agenda”.
É uma cidade que acaba enfraquecendo as relações humanas – às vezes é super difícil parar por uns minutos para tomar um café descompromissado ou passar pela casa do amigo/vizinho somente para dar um “oi” e saber como a pessoa está.
Porém quando eu morava no interior uma São Paulo dourada vivia em meu imaginário. (E confesso: meu sonho de adolescente era ter um namorado de São Paulo…tanto quis que casei com um paulistano da gema e me mudei para cá!)
Mas, voltando à história, São Paulo era assim, supimpa, porque era aqui que tudo acontecia. Vir para São paulo era uma grande aventura, um grande fato.
As coisas realmente acontecem em São Paulo, as belezas da metrópole e a facilidade de acesso à cultura e aos meios é real. Mas também é real que a vida corrida da metrópole dificulta o acesso de quem nela vive a tudo que ela oferece.
Eu brinco que degusto São Paulo através de janelas do meu cotidiano.
E nesta semana tive uma janela bem agradável.Tive que ir ao centro da cidade resolver alguns assuntos e parei o carro em frente ao
Mosteiro de São Bento. Após toda a pendenga burocrática ser resolvida abri minha janela: atravessei a rua e entrei na Basílica.
Maravilhosa, perfeita, de uma paz encantadora. Uma joia encrustada no centro da cidade, cheia de beleza, cultura e vida. Após rezar e alimentar minha alma observando toda a beleza do lugar fui até a loja do Mosteiro.
Os monges produzem pães famosíssimos, tanto pela forma quanto pelo conteúdo.
Comprei alguns e vim para casa feliz, encantada pela embalagens, pelo atendimento cordial e pela janela que me permiti abrir.
Prometi que volto dia destes para o brunch famosão do mosteiro que acontece no último domingo de cada mês (que conta com venda de ingressos antecipada, como um típico programa paulistano).
Que as janelas se abram mais e com maior frequência.
Porque a vida brilha, todos os dias.
Beijo grande.
PS: Os pães são MARAVILHOSOS, valem cada caloria (benta!)