Logo pela manhã minha pequena decretou: “Hoje vou levar bolo para a escola, na cestinha de vime! Da Chapeuzinho Vermelho!” Na escola, minha filha está estudando os contos de fadas clássicos e ontem ela havia feito – praticamente sozinha – um bolo de cenoura. Mas o tal bolo ficou tão bom que comemos de montão e sobrou só metade do bolinho que certamente não alimentaria todos os amigos da escola 🙁 Então a solução seria fazer outro bolo.
Já havia comentado com o marido que estava muito feliz com a pequena, com a desenvoltura, prazer e dedicação que ela apresenta ao cozinhar (será uma futura chef?) e que deveríamos incentivar estas habilidades. Em uma época da minha vida, minha cabeça dizia que se deveria fazer ou isto ou aquilo, que não era possível agregar o conhecimento às atividades cotidianas.
Ou se sentava em frente aos livros para estudar – e aprender – matemática, física e geografia, ou se divertia em frente à panelas, brincadeiras e outras emoções. O passar dos anos veio me mostrar que estava redondamente enganda, que aprendemos todos os dias com tudo e com todas as pessoas, e que as “matérias sérias” que estudamos na escola são formalizações do conhecimento empírico da nossa vida cotidiana. Por este motivo acredito que meus filhos podem sim aprender e muito tendo prazer e realizando atividades que os interessem.
Voltando ao causo do bolo, a pequena exercitou várias habilidades desde contagem e soma (“Quantos alunos tem na minha sala? Tenho que adicionar as professoras e auxiliares de todos os primeiros anos então o bolo deve ter 31 pedaços! ” ), leitura e interpretação (ela teve que ler e compreender toda a receita para executá-la sozinha) e até química (“O fermento vai por último porque ele é quem faz o bolo crescer – se colocarmos no começo talvez ele não cresça tanto…”)
Além deste conhecimento “formal” e talvez até mais importante, segue o conhecimento para a vida da minha: que ela pode – e deve – fazer o que a faz feliz. Ela pode sempre ter as rédeas da vida em suas mãos e transformar seu dia em momentos de alegria e pura felicidade. É o que corporativamente chamamos de “enpowering“, ou dar o poder em tradução simples. Isto não vale só para ela, vale para todos nós.
Temos o poder de transformar a nossa vida, de fazer escolhas e de dirigir nosso caminho. Temos sempre a opção de escolher a felicidade.
Seja para decisões de vulto, seja para preparar – e depois saborear – um delicioso bolo de chocolate.
Beijo grande
Bolo de Chocolate Simples
(adaptada do CyberCook)
Ingredientes
Massa
Cobertura
Modo de fazer
Massa
Coloque os líquidos no liqüidificador ou batedeira (usamos a batedeira) e bata até misturar bem. Coloque os outros ingredientes, sendo o fermento o último. Leve para assar em forno pré aquecido em temperatura média, numa forma untada e enfarinhada. No nosso caso, também forramos o fundo da forma com papel manteiga.
Cobertura
Para a cobertura, misture numa panela a manteiga, o achocolatado, o açúcar e o leite. Leve ao fogo até derreter e a calda ficar homogênea. Cubra o bolo ainda quente, furadinho com garfo e finalize com chocolate granulado.