Há algumas semanas eu ganhei da Cris dois vasos grandes, repletos de lanças de São Jorge (Sansevieria cylindrica). Ela iria se desfazer das plantas por considerar suas extremidades afiadas perigosas para seus filhos pequenos. Perguntou, bem por acaso, se eu queria os vasos e eu aceitei de muito bom grado.
Queria lanças de São Jorge há muito tempo aqui em casa e na casa de campo – mas sempre freava minha compra por nunca achar um bom negócio pelas mudas, sempre achei que estavam me cobrando muito caro por elas.
Ao final, vejam que boa sacada do destino: a Cris desvencilhou-se das plantas e eu fiquei muito feliz com minhas mudas.
Tenho muitos planos para os dois vasos – vou desmembra-los em vários outros e alegar minhas casas. Como “brinde” – ou seria mais uma feliz coincidência – um dos vasos veio com uma flor que se abriu há dois dias. Perdi a oportunidade de fotografá-la no auge da sua beleza, com as mini flores parecendo vários floquinhos de neve caindo e celebrando o Natal.
Em teoria, as flores da lança de são Jorge não tem valor paisagístico. Mas me fizeram pensar muito a respeito das flores, e da nossa vida.
E vamos deixar florescer o que há de melhor em nós.
Sem maniqueísmo, sem julgamento, sem rancor.
Vamos nos ater só a uma coisa: amor.
Beijo grande