Começo de ano é sempre época de chuvas fortes e, consequentemente, quebras do fornecimento de energia elétrica.
Este ano, em especial, sinto que São Paulo está sendo muito castigada pelas chuvas. Não vou nem entrar no mérito da falta de obras preventivas e de manutenção, da falta de educação da população que acarreta no entupimento dos bueiros e tantas outras coisas que já vemos diariamente no noticiário. A questão, como sempre, é doméstica.
Eu moro no vigésimo andar de um edifício residencial. Por uma questão de prevenção e bom senso de nossa síndica, temos instalado um gerador que abastece a iluminação comum e o elevador de serviço. Porém em casa, nadica de nada de eletricidade. E aí – lá vem aquele chavão bem verdadeiro – que percebemos o quanto somos dependentes da energia elétrica.
Semana passada, assim que cheguei com as crianças da escola, vi o gerador ligado e pensei: “Estamos sem luz”. Subida tranquila graças ao abençoado gerador e um pouco de sorte por contar ainda com o horário de verão e a claridade para pedir para que as crianças fizessem a lição de casa e que eu pudesse me organizar com a comida e as velas. Mas assim que a noite caiu e que as velas foram acesas, minha filha começou a chorar com medo que eu incendiasse a casa. Tirando noves fora da preocupação extrema da menina, velas acessa realmente apresentam um problema de segurança, mobilidade e acidentes (além do odor e da combustão de oxigênio no ambiente). Há o charme, mas nem de longe encontramos a praticidade.
Foi então que lembrei-me de uma conversa com um vizinho lá da casa de campo, quando ele disse que havia comprado uma luz de emergência para estas situações. Explicando: as luzes de emergências atuais, são feitas de led, consumindo pouca energia, e ficam carregando enquanto não são utilizadas. Quando há queda de energia, automaticamente se acendem, iluminando o local onde foram posicionadas. Nada de muito extravagante, porém muito prático e útil. Confesso que nunca havia pensado em colocá-las em minha casa antes desta conversa.
Depois do episódio da semana passada (quando ficamos 15 horas sem eletricidade) saí para comprar algumas delas aqui para a casa de São Paulo e outras para a casa de campo. Paguei R$ 30,00 por cada uma em um home center próximo à minha casa e pretendo comprar mais algumas para colocar na casa do meu pai, da minha sogra e da minha avó. Tenho plena consciência que a falta de luz afeta ainda de uma forma mais perigosa as pessoas que já tem uma idade mais avançada e, em alguns casos, também problemas de mobilidade e visão.
Acredito que atitudes simples, com um investimento nada extravagante, podem gerar mais conforto e confiança em situações adversas.
Beijo grande