Eu já tinha escrito que o seu quarto era seu universo – mas no fundo acreditava que ainda estava no controle.
Mas você, com seus passos rápidos e mente ágil, não teve dúvidas. Sacou a medalha do anjo da guarda da cabeceira da cama e postou todo orgulhoso o quadro de dinossauro, ou melhor, de tricerátops, que você pintou no domingo.
Agora olha para ele todo cheio de si, diariamente, antes de dormir.
E eu fico entre o orgulho e a saudade do moleque pequeno e cabeludo que saiu da minha barriga há tão pouco tempo. Para mim você sempre será o meu bebê, por mais que eu trabalhe diariamente para criá-lo para o mundo.
Aprendo que quando damos asas vocês realmente voam.
Mas saiba que o ninho sempre estará aqui, do jeito que você deixou.
Amo você, meu filho.
PS: e parece que eu não aprendi nada com a lição das borboletas de alguns anos…