O mês de dezembro te deixa reflexiva? Eu fico, na verdade, sou uma pessoa reflexiva por natureza, mas em dezembro isso fica ainda mais forte. Hoje eu estava pensando no ano em que quase desisti do Natal…
Eu hoje acordei cedo, mesmo com as crianças de férias a vida continua por aqui, hoje, com meu trabalho na internet o mês de dezembro se torna bem movimentado, na verdade sempre foi, mas hoje tem um foco diferente.
Enquanto tomava meu café sem pressa, comecei a me lembrar da Flávia do passado, da Flávia que odiava o mês de dezembro e de um ano em especial em que quase desisti do Natal.
Enquanto para muitas pessoas o mês de dezembro é um mês de férias, de festas, de presentes, reunião de amigos e familiares, para mim, o mês de dezembro era o mais difícil de todos.
Eu chegava no mês de dezembro extremamente cansada, o ano cobrava por todos os dias em que me sobrecarreguei fazendo as tarefas de casa sozinha, em que me desdobrei para acordar mais cedo que todos de casa, para deixar o café da manhã perfeito para eles.
Em dezembro chegava também a conta de todas as noites em que fui dormir depois de todos, já que precisava limpar e organizar toda a bagunça do jantar sozinha, cobrava também todas as tarefas que mesmo com tanta dedicação, continuavam sem terminar no final do dia.
Eu realmente chegava em dezembro com aquela sensação de estar por um fio.
Dois filhos pequenos, uma casa só sob meus cuidados, uma lista enorme de preparativos para as festas de final de ano, sem falar na lista enorme de presentes que eu ainda nem tinha começado a comprar.
Olhei em volta, para minha casa que nunca estava como as casas das revistas, a árvore feita com tanto carinho não tinha ficado como a inspiração da foto, tudo parecia que iria desmoronar.
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Foi neste ano que fiz minha transição, decidi que ia deixar uma carreira bem sucedida no mundo corporativo, que iria aposentar meus diplomas e iria me dedicar apenas a minha casa e meus filhos.
Além de toda a pressão que já sentia antes, agora ainda tinha esse agravante, eu precisava provar para todos que como agora eu era SÓ dona de casa, o mínimo era ter uma casa perfeita para o Natal.
A verdade é que nada estava perfeito, a casa não estava e a dona da casa, eu, estava bem longe da perfeição.
Eu tinha me tornado a chata que só sabia reclamar que estava cansada, que não tinha ajuda e que vivia monitorando toda a minha família para não fazer bagunça e atrapalhar a minha programação.
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Nada estava como eu tinha planejado, eu não me sentia suficiente, não me sentia feliz e o Natal parecia só mais um obstáculo no meu caminho.
O que era magia de Natal quando tudo estava tão pesado? Diferente do Papai Noel, eu não tinha um exercito de duendes que me ajudavam a deixar essa noite inesquecível e mágica, o exercito era feito apenas pelas versões da Flávia dona de casa, mãe e esposa.
Não estava fácil e eu não ia dar conta, então só existia uma opção…
Essa era a única opção possível, nada estava como eu queria, eu não ia aguentar os olhares julgadores das pessoas vendo que as minhas escolhas não foram as melhores.
Não iria aguentar aqueles olhares de: Eu avisei que ela não daria conta… Ela sempre foi madame demais para isso, ou ainda: Olha só, largou tudo e não consegue nem cuidar da casa.
Era muito pra mim, e eu não ia passar por isso.
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E foi naquele momento em que o fio quase estourou, que vi o Fifo e a Bia olhando encantados para a árvore de Natal. Aquela, que não estava perfeita como eu tinha planejado.
Vi todo o brilho no olhar deles, vendo aquela decoração que para eles, tinha muito mais significado do que uma decoração que não deu certo.
A magia estava ali, e para eles, o Natal valia a pena ser feito.
Todos os problemas aconteceram, mas saber que o Natal tinha sido perfeito para os meus filhos, fez todo o trabalho valer a pena.
A Flávia de hoje, com a maturidade, conhecimento e sabedoria, só quer abraçar aquela Flávia de ontem.
Aliás, tudo que aquela Flávia precisava era de um abraço e alguém dizendo que ela não ia dar conta de tudo, mas estava tudo bem.
Eu sei que existem muitas outras Flávias me seguindo, lendo esse texto e se identificando. O que posso dizer é que você não está sozinha e tudo pode ser transformado.
Hoje sei o valor do mês de dezembro, e sei que a casa pode não estar perfeita, mas não é isso que realmente importa.
Não foi fácil ter essa mudança, foram pequenos passos, mas sou mas feliz nesta versão atual, e você também pode ser.
Então meu presente de Natal hoje para você é: se abrace, se cuide e se acolha. O Natal não é um pesadelo e você também merece viver essa data com magia e felicidade.
Beijos e até a próxima!