Quando eu morava com meus pais, domingo era o dia oficial do risoto.
Minha nonna ia para nossa casa e chegava cedo trazendo consigo a panela de pressão onde estavam o músculo cozido no dia anterior bem como seu brodo acompanhado de uma cebola inteira e um ramo de alecrim. Nós íamos à missa enquanto ela preparava tudo enquanto assistia animadíssima às corridas de Fórmula 1.
Em três entre quatro domingos o ritual se repetia desta maneira.
Quando revisitei estas imagens das colheres com os cabos adornados com cristais de Murano foi a imagem do risoto de domingo que veio imediatamente à minha cabeça.
Não iria usá-las para preparar o prato porque risoto, para mim, se faz é com a boa e velha colher de pau. (E aqui em casa, de preferência, uso a colher de pau que herdei da minha mãe. Mas isto é assunto para outra postagem!)
Mas imagina servir um belo risoto com uma colher destas?
Ai, já fico até com água na boca.
Porque risoto, definitivamente, não é briga de marido e mulher (onde não se deve, de modo algum, meter a colher) 😉
Beijoca