(imagem: Sala de Ideias)
Domingo, em geral, é o dia no qual dou uma “pausa” por aqui para pensarmos na vida.
Não sei se esta pausa é tão boa para vocês quanto é para mim – eu me sinto feliz e leve ao parar e pensar um pouco sobre a vida de uma perspectiva diversa. O blog cresceu há um tempo (aliás, há um bom tempo) e me sinto íntima e privilegiada em poder levar um pouco do que penso há vocês. Escrever aqui, ao contrário do que acontecia no início do DECORACASAS, não é mais escrever palavras ao vento. 🙂
Por isso mesmo decidi compartilhar hoje um texto de um site que gosto muito, o Sala de Ideias. As responsáveis por ele são três psicólogas jovens, que abordam temas super bacanas com uma leveza e uma clareza de se admirar. Sou cadastrada no site e todas às segundas feiras sou presenteada com o texto da semana. Há muitos outros textos publicados lá ao longo da semana (que também podem ser conferidos na página do Facebook do Sala de Ideias). Super recomendo.
E para começar a nossa semana, um texto lindo e inspirador.
Um beijo,
Todos temos sonhos, desejos e vontades. Falamos do quanto gostaríamos de que algumas situações fossem diferentes e escutamos os outros contando tudo que fariam se tivessem dinheiro, namorada, filhos ou companhia para viajar.
No plano da imaginação sonhamos alto, somos corajosos, mas na realidade temos muito a realizar e pouca disposição para arriscar. Por mais incômoda que esteja uma situação, ela é confortavelmente conhecida. Por isso, muitas vezes, permanecemos inertes ou repetimos sempre as mesmas atitudes que nos levam as mesmas circunstâncias. Isso porque o novo pode parecer perfeito, mas você nunca esteve lá e, portanto, é inseguro e exige coragem para arriscar.
A situação atual pode ser estressante, humilhante, monótona, mas é um terreno seguro, já conhecido. Há quem sofra anos com uma condição e, depois que ela termina, procura algo que a faça sentir da mesma forma. Algo que continua desagradável, mas não tão aterrorizante como o novo, sem manual nem experiência passadas. Sem perceber, buscamos sempre o repetido, mesmo que venha com fantasia, rostos e contextos diferentes.
Somos capazes de fazer movimentos mirabolantes para que a situação permaneça a mesma, por medo do que seria o diferente porvir. Nos adaptamos ao casamento ruim, para não ter que enfrentar uma vida de outra forma; permanecemos no trabalho frustrante, porque não queremos entrar em outro sem garantias; e, no final, mudamos muito, para continuarmos os mesmos. Tudo diferente para permanecer tudo igual. Esse é o lema.
O novo pode ser assustador, mas só ele pode te levar a novos caminhos, talvez mais próximos dos seus sonhos e desejos. O fundamental é perceber primeiro que não somos azarados nem temos um karma que nos persegue, mas que temos responsabilidade sobre o que acontece em nossa vida. Segundo, se dar conta que a energia gasta para não mudar é a mesma gasta para arriscar e tentar alcançar nossos objetivos. Um pouco de coragem e consciência pode nos levar além. Só depende de nós.