O tempo passa e muitas vezes a gente esquece como eram interessantes e excitantes pequenas coisas que aconteciam quando éramos crianças.
A vida era mais colorida, cheias de mistérios e segredos a serem desvendados.
E os segredos podiam ficar guardados na cabeça, na cumplicidade da melhor amiga ou em um querido diário.
(Eu me lembro claramente de ter ganho em um Natal um diário com uma capa de courino vermelho, arrematada por uma fechadura e chaves “de verdade”. Era o máximo tê-lo e mantê-lo)
E por isto que eu me encanto demais com propostas que resgatam estes sentimentos simples, típicos da nossa infância.
Outro dia meus filhos chegaram da festinha de uma amiga com cofrinhos de metal como lembrança.
Foi um alvoroço, uma daquelas tacadas certeiras na imaginação infantil.
A pequena separa suas moedinhas, o cofre e a chave para poder comprar suas guloseimas no “dia do cafezinho” (que fica em frente à escola).
Todos estes ingredientes tornam mais saborosos o resultado, a conquista.
Na minha época, ganhávamos
cofrinhos de lata nas agências bancárias
(Saudades das boas!). Com muita paciência eles eram preenchidos, acumulando nossa pequena “fortuna”- ficavam bem pesados – e só conseguíamos abrí-los com um bom e velho
abridor de latas.
Mas o sentimento de dever cumprido era delicioso.
Assim como agora, quando os pequenos usam suas moedas guardadas a sete chaves.
Porque o que é bom e genuíno perdura.
Beijo grande