Uma das primeiras “providências” que tomei ao comprar a casa de campo foi transferir minhas orquídeas para lá. Já tinha passado por ataque de cochonilhas, períodos de poucos cuidados e otras cositas desagradáveis. Não digo que cuidar de orquídeas em apartamentos seja uma tarefa impossível – eu mesma, cuidei de várias por anos fazendo-as florescer. Mas não há como negar que ao ar livre, sentindo a água da chuva cair de quando em quando elas ficam muito melhor – e mais felizes!
Bom, tudo isto para dizer que os vasos foram logo, todos em várias e várias idas. Os que antes ficavam na sacada foram acomodados no painel de madeira do fundo da casa com pequenos ganchos e confesso que considerei o arranjo mais do que perfeito: não precisava furar nenhuma parede e poderia por e tirar os vasos ao meu bel prazer. Parecia perfeito até julho deste ano…
Na festa de aniversário do pequeno, coloquei vários pufes no jardim para que as pessoas pudessem sentar-se e curtir o sol do lado de fora da casa. Mas foi aí que eu percebi que o meu tal arranjo dos vasos no painel era extremamente inadequado.
As pessoas passavam por ali e esbarravam nos vasos, eles balançavam e, em alguns casos, as plantas quebravam. Triste, chato – mas fruto de mal planejamento. Quando temos a casa montada para o nosso dia a dia, com certo controle sobre os nossos atos (e crianças) não vemos algumas falhas de planejamento. Diagnóstico feito, novo arranjo proposto para solucionar o problema.
Aí sim, envolvendo brocas e furadeira (eba!)
Retirei a fileira mais baixa dos vasos, aquela que atravancava a passagem e a transferi para a parede lateral, criando um arranjo mais longo e alto. Acredito que funcionou – tirarei a prova dos nove no aniversário da pequena que está por vir. Mas com as flores, assim como na vida, vemos que tudo é uma questão de arranjo.
Ajeitamos daqui e de lá para poder ter uma vida mais harmônica, mais florida, mais completa. Dá trabalho mental e físico realizar o “arranjo”, mas no final vale a pena.
E, aproveitando o gancho das fotos do antes e depois, não posso deixar de comentar que os vasos de terracota ganharam musgos com o passar do tempo, mas também que as plantas estão muito mais viçosas e floridas, se comparadas às fotos de Abril de 2012. É gostoso ver este registro de mudanças para a melhor.
Lembram-se de quando escrevi que “para haver mudança era necessário desprendimento“? A postagem também foi motivada por orquídeas, mas trazia uma boa dose de história pessoal. Aproveito o tema florido de hoje para mostrar como estão as tais plantas do desapego e comprovar que mudar faz bem (para ver as fotos do antes, clique aqui)
E, para mim, fica a inspiração para hoje e para a nossa semana- que por acaso chega com o início da primavera:
“Quando vamos para o lugar correto, florescemos.”
Um beijo!