Jardim vertical agora é moda. Na verdade, jardim sempre foi moda – pelo menos para mim. 😉 E vê-los subir pelas paredes é bom demais. Plantas dão vidas aos ambientes, melhoram a qualidade do ar e o humor de quem está por perto.
E, vamos ser honestos, esta história de jardim vertical é a melhor coisa que aconteceu para pessoas que tem pouco espaço disponível (uma simples parede basta para fazer a diferença) ou para quem tem muita planta e não tem mais onde colocar, como é o meu caso. Esta solução, em especial, tem “um quê” diferente, unindo às orquídeas a uma amiga virtual muito querida, a Le.
As orquídeas dispensam explicação – ou se quiser saber mais sobre elas, clica no link da palavra orquídea e veja o quanto de coisa que eu já publiquei sobre elas. Agora a Le, vou contar um pouco mais. Troco comentários com a Le desde os primórdios do DECORACASAS. Primeiro por email, depois por Facebook – ela sempre foi de uma delicadeza ímpar comigo, uma simpatia, um carinho só. Uma vez falamos por telefone. E uma outra vez ela me escreveu dizendo que disporia de algumas venezianas que sobrariam da sua obra, que eu poderia saber de alguém que as quisesse. Bem, este alguém fui eu mesma. Combinei com ela e, infelizmente, não pude ir pessoalmente buscar meus presentes – marido se incumbiu de tal feito. Mas, mesmo não a conhecendo pessoalmente, tenho a Le no meu coração, é minha companhia diária e boa demais de se ter.
Agora que eu já contei um pouco sobre a Le, voltaremos às venezianas e ao jardim vertical. Bem, foi a Le quem me deu as tais e eu as deixei guardadas no meu depósito por um bom tempo. No final do ano passado, conversando com a Ananda – outra boa amiga – surgiu a ideia de pendurar os vasinhos com orquídeas nas venezianas. Ah! Era o que eu precisava para colocar em prática meu primeiro jardim vertical.
Então, munida da minha super furadeira, com duas brocas, buchas, parafusos e a ajuda do marido, eu implementei este jardim vertical na veneziana. Olha só como fazê-lo:
Materiais necessários
Como fazer:
Primeiro, avalie a sua veneziana. Veja se ela está bem firme e se já tem proteção solar/chuva se for ficar exposta ao tempo. Pode ser uma veneziana nova ou pode ser uma antiga, descartada por uma amiga, ou mesmo encontrada em caçambas de entulho pela rua #reciclagemdobem
O passo seguinte é furar a peça com a broca de madeira, para permitir a passagem do parafuso que irá fixar a veneziana. Ressalto aí a importância de usar o equipamento correto para realizar este trabalho: a broca de madeira é esta ilustrada na figura abaixo; ela tem uma extremidade com um tipo de “agulha” que permite a sua fixação na peça e uma furação precisa que garante um ótimo resultado final. Traduzindo: vale a pena investir em uma broca assim para o seu furo não sair torto e você não perder a veneziana 😉
Feito isto, teste se o furo ficou bacana e comporta a passagem do parafuso. Os parafusos que eu usei foram de cabeça hexagonal como este modelo:
A dica para comprá-los é saber exatamente a largura da sua veneziana, para que você garanta que a parte lisa do parafuso atravesse este espaço sem problemas e que a parte com “ranhuras” fique na bucha, sustentando bem o peso da veneziana + vasos. Estes parafusos de cabeça hexagonal podem ser apertados também utilizando a furadeira, o que garante uma boa fixação sem grande esforço físico (foi o que eu fiz).
Depois, basta marcar o local dos furos em um lugar pré-testado, de preferência longe de encanamentos para não ter surpresas desagradáveis – e também pode-se usar um nível para deixar os dois furos alinhados – e executá-los usando a furadeira e uma broca de videa. Assim como eu fiz com a broca de madeira, segue a imagem da broca de videa: reparem que a cabeça dela é diferente da broca de madeira; este formato é o responsável por fazer adequadamente o furo em paredes e muros de concreto.
Colocam-se as buchas e, desta forma, são fixadas as venezianas.
Para colocar os vasos meia lua eu usei um arame forte, moldado em forma de “S”, para servir como gancho mas você pode comprar estes gancho já prontos em casas de material para jardinagem.
Há alguns pontos importantes em relação às plantas utilizadas em um jardim vertical como este:
No meu caso, só tenho elogios ao arranjo deste jardim vertical: acomodou bem mais vasos (sim, as minhas orquídeas se multiplicam de modo exponencial), explorou um lado do meu corredor que antes era vazio e, desta forma, permitiu que os vasos ficassem à vista pela janela da minha sala de estar e trouxe um ar “italiano” ao espaço. Tudo de bom!
Às vezes, basta a gente olhar as coisas por outro ângulo para descobrir a beleza que há nelas.
Beijos,