É sabedoria popular (e mil vezes repetida por minha mãe) que a hora de calar é tão importante quanto a hora de falar. Saber quando ficar calado, quando se retirar de uma situação é tão importante quanto se colocar ou se posicionar.
Fechamos a sacada do apartamento. E depois plantei as orquídeas em vasos de barro e pendurei por aí.
Achei que tudo correria bem, mas não foi da forma que pensei.
Vieram as cochonilhas, e as plantas sofreram. Não estavam arejadas como precisavam.
Perdi alguns exemplares, entre eles a orquídea do meu casamento.
Já era mais do que hora para mostrar que as coisas precisavam mudar. E para haver mudança, é necessário desprendimento.
Desprendimento dos nossos conceitos que não funcionam, de nossos apegos que sufocam, das coisas que não estão claramente dando certo. É a hora de calar, que por vezes é tão mais difícil do que nossa hora de falar.
Mas tão necessária para que a vida continue florescendo.
As minhas plantas foram para uma fênix um pouco distante – mas que as vai deixar felizes e plenas, muito em breve.
Beijo grande.